sábado, 21 de março de 2009

O ESPÍRITO DE GRACE KELLY



















O Mónaco é assim...
O Principado do Mónaco e o seu famosíssimo Rochedo é um atraente território encravado no departamento francês dos Alpes-Marítimos, que vai muito para além das suas fronteiras, a propósito das quais a escritora Colette dizia serem feitas de flores. O espaço é muito limitado (195 ha) mas é um sítio encantador, ao longo de uma estreita faixa costeira de quatro quilómetros limitada pelos contrafortes montanhosos da Tête de Chien e do Monte Agel.
Tem um clima temperado particularmente macio, que permite uma excepcional exposição ao sol por mais de 300 dias no ano, o que torna o Mónaco uma terra de acolhimento por vocação. O território monegasco viu-se ampliado em mais de 30 ha entre 1969 e 1972, através de terrenos que foram conquistados ao mar.
Porque o clima mediterrânico do Mónaco é bastante suave no inverno e se apresenta com uma vegetação exuberante, poderá explicar-se porque, em meados do Século XIX, se tivesse convertido numa magnífica estância balnear, sendo elevada a centro turístico de fama mu
ndial.
Em 1918 assinou-se um tratado que veio delimitar a protecção da França sobre o Principado do Mônaco. Nesse tratado se estabelecia que a política monegasca ficaria alinhada com a da França, tal como os seus interesses militares e económicos, e bem assim, se por acaso a família Grimaldi não viesse a dar continuidade à sua linhagem, o Principado seria absorvido pela França.
Talvez por este motivo os Grimaldi venham mantendo o uso de todas as armas possíveis para que haja uma continuidade da família, que tinha visto a sua linhagem masculina ser interrompida pelo menos uma vez, em finais do século XIX, quando o príncipe Louis II governava o país.
Visando resolver esta questão, Louis II viu-se na necessidade de fazer o reconhecimento de uma filha ilegítima, de seu nome Louise-Juliette, que havia nascido em 1898, quando o Princípe serviu na Legião Estrangeira francesa [anos de 1897 a 1908].
A princesa Louise-Juliette veio então a casar-se com o conde Pierre em 1920, que aceitou mudar o sobrenome de Polignac para Grimaldi, dando continuidade à linhagem familiar. Deste casamento nasceram dois filhos, Antoinette [nascida em 1921] e Rainier, que veio a substituir o avô no governo do Mónaco, após a morte do seu pai e à abdicação de Louise-Juliette em favor do filho, que na época tinha 25 anos.

A história da Princesa Louise-Juliette tem sido escondida da maioria dos livros da história do Mónaco, para não citarem, por exemplo, que a mãe da Princesa era uma simples lavadeira do príncipe Louis.
A nova constituição, que foi promulgada em 1962, veio abolir a pena de morte e permitir o voto feminino, nomeando também uma Corte Suprema para garantir as liberdades básicas.
Em Maio de 1923, este Principado tornou-se um membro oficial das Nações Unidas.
Além das finanças, a economia do Mónaco é movimentada, em grande parte, pelo sector imobiliário: cerca de duzentas empresas de construção civil são a sua força motriz .
O turismo, muito naturalmente, é das mais importantes fontes de rendimento do país. Há no Mónaco um sector de hotelaria bastante dinâmico, com cerca de 2.500 quartos que recebem, por ano, perto de 225 mil visitantes. O Casino é dos melhores do mundo, no dizer dos frequentadores mais exigentes.
No entanto, o maior atractivo do Mónaco é a sua fama de ser um"paraíso fiscal", pois no principado os investidores não estão sujeitos a impostos sobre os rendimentos.
No Principado do Mónaco, cultivam-se as oliveiras e os citrínos, nas franjas de terra ainda livres neste pequeno país interior.
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Brasão de Armas do
Principado do Mónaco
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