segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tragédia na Madeira

A Ilha Madeira, a nossa Pérola do Atlântico, está a viver uma tragédia como não acontecia há mais de 100 anos.
Uma terrível tempestade, no passado sábado, provocou graves inundações e deslizamentos de terra, provocando destruições de grande monta, destruindo pontes, bloqueando estradas com pedras e lama e interditando partes da ilha, havendo a lamentar cerca de 40 mortos. Cerca de 120 pessoas ficaram feridas e outras 300 passaram a noite em abrigos temporários. Umas 240 pessoas perderam suas casas. para além de haver muitos feridos e desaparecidos.
As autoridades continentais já enviaram várias equipes de salvamento e engenheiros militares com a finalidade de auxiliarem nos trabalhos a realizar na ilha.
Foram igualmente enviados mergulhadores para o local,
visando prestarem ajuda no resgate, porque se acredita que várias vítimas hajam sido empurradas para o mar durante a tragédia e morrido afogadas.
Segundo o Presidente da Câmara do Funchal, Miguel Al
buquerque, algumas áreas da cidade foram particularmente afectadas. "O que aconteceu nas partes mais altas do Funchal foi algo de dantesco", afirmou através da televisão. Disse que é de esperar que o número de vítimas aumente, pois encontram-se muitas casas soterradas.
Francisco Ramos, Secretário Regional dos Assuntos Sociais, declarou haver na Madeira 42 mortes já confirmadas.
Desde 2001, quando ruiu a ponte de Entre-os-Rios, sobre o rio Douro, matando 59 pessoas, esta é a pior tragédia acontecida em Portugal.

Muitos carros foram arrastados pela correnteza e algumas casas ruíram ou foram danificadas, no sábado. Muitas estradas foram destruídas ou bloqueadas pelas pedras, árvores e lama arrastados pelas águas .
Não há estimativa oficial para o número de desaparecidos.
Alberto João Jardim, Chefe do Governo Regional, disse não haver
"nenhum incidente grave" a envolver o sector do turismo Madeirense. Muitos dos turistas na Ilha, que tinha realizado o popular desfile de Carnaval na última semana, são cidadãos britânicos que aproveitaram as férias escolares.
"O hotel não tem lotação esgotada, no momento, mas há pessoas de toda a Europa: britânicos, holandeses, alemães. Graças a Deus, estão todos seguros e sabemos não ter havido vítimas entre os turistas nos outros locais", segundo um recepcionista no Hotel Windsor, no Funchal, que se não identificou.