segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

NATAL É SONHO...

...como o será fazer viagens fantásticas... mesmo à Terra do Pai Natal, lá na longínqua Lapónia, onde vivem as renas mágicas ou os gnomos ajudantes do bom velhinho das barbas brancas !
Mas o Nascimento do Filho de Deus não é um sonho mas sim uma realidade que continua a ser proclamada em cada Natal de Jesus!
"O MUNDO QUE ESTAVA NAS TREVAS VIU UMA GRANDE LUZ..." porque Cristo é na verdade a LUZ DO MUNDO!
ooo
NESTE NATAL, UM DESEJO SINCERO DE FESTAS FELIZES E UM NOVO ANO PLENO DE REALIZAÇÃO DOS SONHOS MAIS FANTÁSTICOS... COM SAÚDE E DINHEIRO PARA GASTOS!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

NEVA EM PORTUGAL

Há a convicção de que Andorra, Suíça, Áustria, França e aí por diante são únicos quando se trata de encontrar uma pista capaz de nos deixar ir ao encontro do sonho deslizando na neve, a fazer fé naquilo que se vai ouvindo aos amantes dos desportos de Inverno... e é muito acertado que se pense em grande no que respeita à neve, porque os mantos que costumam cobrir as nossas serras são p0r demais insignificantes nessa matéria. Não chegam para que se possa fazer uma competição, por mais simples que esta seja!Bem... não quero dizer que não haja momentos em que pensamos estar nas maravilhosas estâncias de sky de Innsbruck ou Saint Anton, como é o caso este ano, uma vez que parece que o céu resolveu fazer uma surpresa aos portugueses e presenteou o nosso país com uma queda de neve impressionante, que veio dar mais beleza a tudo o que nos rodeia... mas também veio trazer frio que chegue para uma casa de família!

As fotos apresentadas são elucidativas da neve que caiu nas regiões da Guarda e de Vila Real, tal como em Bragança, Lamego, Viseu e em geral um pouco por todas as zonas elevadas do Norte e Centro do País. Parece que voltou a Portugal aquele Inverno da minha infância, quando se brincava com a neve no adro da igreja, enquanto se esperava pela Missa do Galo nas noites de Consoada. Como postal de Boas Festas natalícias, é sempre bonito mandar aos Amigos uma paisagem nevada que nos diga algo, que possa dizer-lhes quanto é bonito o nosso País em qualquer época do ano, com sol ou com neve! Bom seria que o nosso departamento nacional de Turismo desse a conhecer ao mundo as nossas maravilhas sem ser através de eleições de cariz mais partidarizado que real, pois os nossos visitantes não são trouxas e sabem bem aquilo que é belo e o que é apenas... propaganda.

BALADA DA NEVE
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Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim!
.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
.
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
.
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
.
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto entre os demais,
os traças miniaturais
duns pázitos de criança...
.
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
.
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
.
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração!
.
Augusto Gil

sábado, 30 de outubro de 2010

NESTE HALLOWEEN 2010...

...NÃO QUERO QUE VOS FALTE NADA:
SAÚDE A RODOS...DINHEIRO AOS MONTES... TRABALHO EM GRANDE... AMIGOS ÀS MONTANHAS... AMOR SEM LIMITES... MUITAS VIAGENS PELO MUNDO...
...MAS NÃO TE ESQUEÇAS DE QUE A BRUXA PODE CONTRARIAR OS TEUS PLANOS! POR ISSO, NESTE HALLOWEEN NÃO QUEIMES NENHUMA VASSOURA, POIS PODE SER A DELA, TÁ?
UM HALLOWEEN CHEIO DE TUDO BOM E... PARA O ANO FALAMOS OUTRA VEZ DO DIA DAS BRUXAS! DFEPOIS CONTAS TUDO!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

BOM DIA, PARIS...

Pouco se pode dizer sobre a história de Paris anterior à ocupação romana, mas sabe-se que era habitada desde os tempos da pré-história e que o nome deriva da última tribo gaulesa a habitar a região, que eram os Parisii.
No Império Romano Paris era apenas uma pequena e comum cidade, quando comparada com Lugdunum, a capital da Gália. Foi durante a Idade Média que Paris começou a sua caminhada para a cidade luz hoje conhecida.
Paris é a capital e a mais populosa cidade de França, bem como a capital da região administrativa de Ile-de-France.
Situa-se num dos meandros do rio Sena, no centro da bacia parisiense, entre os confluentes do Marne e do Sena rio acima, e do Oise e do Sena rio abaixo.
Sendo a antiga capital de um império que estava estendido pelos cinco continentes, Paria pode considerar-se hoje como a capital do mundo de língua francesa.
Paris é um dos maiores e mais importantes centro mundiais de ensino e das artes e a sua importância económica e política está em constante evolução, tornando-se, desde o início do século XIV, numa das mais importantes urbes do mundo ocidental.
A sua arquitectura, os seus monumentos, os seus parques, as suas avenidas e os museus fazem dela uma das mais visitadas cidades do mundo francófono, com cerca de 25 milhões de turistas em 2004, correspondente a mais 500.000 que no ano anterior.

As margens do Sena que banham Paris foram classificadas e inscritas na lista do Património Mundial da UNESCO, desde, 1991.
Paris é uma cidade assaz romântica, emocionante, rica em histórica, vibrante, elegante...
Prepare o seu coração e alle! Paris está à espera! É a cidade do amor... do namoro... das crianças...
As pontes de Paris, as tulipas, os monumentos, os museus, os ballets, as lojas deslumbrantes, o croque-monsieur, o requinte, o sotaque, os cafés, os vinhos, o Luxembourg...uh, lá, lá... Bon voyage...
Paris é uma cidade importante na história do mundo, pois é símbolo da cultura francesa... da moda... do luxo!
Paris é a capital cosmopolita de França e a mais visitada do mundo!
Tem cerca de 3 milhões de habitantes na cidade e 10 milhões na "la banileuse" (nos subúrbios).
É Paris uma das capitais mundiais da gastronomia, oferecendo o melhor da culinária francesa e internacional.
Poucas cidades têm tantos "chefs" premiados e prestigiados como a capital francesa, significando ter lugares elegantes e com preços elevadíssimos... mas não é necessário ter a carteira recheada para se comer bem em Paria. Muitos dos "chefs" têm aberto restaurantes mais consentâneos com as bolsas menos abonadas, mantendo a excelência dos menús com preços bastante mais "amigáveis", Mas mesmo os restaurantes sem a fama da "etiqueta" deixam de servir pratos deliciosos. Os restaurantes e lanchonetes árabes ou magrebinos, indianos, asiáticos e de todas as etnias em geral, costumam ser baratos e servem comida ao gosto dos paladares mais exigentes. Os famosos crepes parisienses devem ser comidos nas creparias espalhadas pela cidade, pois os vendidos na rua podem ser mais baratos, regra geral são, mas também podem ser... decepcionantes.

Ao visitar Paris, aprecie-se a arte dos artistas que nos deliciam com as maravilhosas obras pintadas na rua. Em Montmartre, a Place du Tertrê é uma autêntica escola de Belas Artes aberta a todos aqueles que se sintam motivados para a pintura.

Também Paris tem na Eurodisney, a funcionar há mais de 15 anos, um mundo de encantamento para pais e filhos poderem passar um bom bocado quando de visita à capital francesa.
Para quem gosta da noite... Paris vai surpreender pela qualidade da oferta que nela se vai encontrar. O Olympia, o Lido, o Moulin Gouge, o Pigalle, La Opera, o Maxim's oferecem todo um mundo de deslumbramento e arte, estando à disposição para a satisfação dos mais exigentes gostos.
PARIS... É UMA CIDADE ONDE NOS SENTIMOS BEM! VALE A PENA VISITAR!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Uma viagem a CABO VERDE

Cabo Verde, o arquipélago que foi colónia portuguesa, está a dar cartas no campo turístico, pela excelência que ali podemos encontrar paisagística e gastronómicamente, pela exuberância das suas montanhas e a qualidade das suas praias, onde o sol é um convite constante ao gozo das cálidas águas do Atlântico que banham as suas nove ilhas habitadas.
O arquipélago é formado por 10 ilhas e 5 ilhotas vulcânicas, constituíndo o Barlavento as ilhas de Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, o Ilhéu Branco, Ilhéu Raso, São Nicolau, Ilha do Sal e Ilha Brava, enquanto a Ilha de Maio, São Tiago, Ilha do Fogo e Ilha Brava constituem o Sotavento.
Cada vez mais turistas chegam a Cabo Verde para conhecerem a beleza da paisaigem quase lunar que podem encontrar nas ilhas. Apesar do seu crescimento, Cabo Verde tem-se mantido quase intacto, inalterado.

Os portugueses chegaram a terras de Cabo Verde corria o ano de 1456. Eram ilhas completamente desertas, sem qualquer habitante, que tinham como côr predominante o verde, o que atraiu os navegantes portugueses, que logo pensaram em voltar, o que aconteceu meia dúzia de anos depois, especialmente à Ilha de São Tiago, onde fundaram a Ribeira Grande, que hoje é designada por Cidade Velha. Não havendo nativos, os portugueses levaram para a ilha escravos da costa ocidental de África.
Pico da Ilha do Fogo
Durante alguns anos o arquipélago de Cabo Verde foi um porto seguro para os navios esclavagistas que se dedicavam ao transporte de escravos para a Europa ou para a América. Decorria o ano de 1586 quando Francis Grake atacvou e saqueou Cabo Verde, que naquele tempo já mostrava uma prosperidade acima da média. No entanto, a soberania portuguesa não veio a ser colocada em causa, tendo permanecido no território, que continuou a crescer e a prosperar, evoluindo até cerca de 1747, quando as ilhas foram atingidas pela primeira de muitas secas que daí em diante lhe vieram a causar atrazos na evolução e no quotidiano da vida.

Mindelo
As secas dos séculos XVIII e XIX, chamadas as grandes secas, atingiram as ilhas e o resltado foi a morte de cerca de 100.000 habitantes, levando a que em 1832 se iniciasse a emigração para a Nova Inglaterra. No final do século XIX, devido à situação previlegiada onde se situavam, as ilhas de Cavo Verde passaram a ser um local de reabastecimento dos navios que transportavam combustíveis.

Santo Antão é a ilha mais pluviosa do arquipélago, pelo que também é a mais verdejante. Algumas das espécies de plantas mais comuns que ali se podem encontrar são o rodoendro, a faia, o dragoeiro, o marmolano ou o milho, destacando-se na fauna as aves e os peixes, estes com especial incidência na Ilha do Sal.

Cabo Verde ascendeu à independência no ano de 1975. O Cabo Verdiano constitui um Povo distinto de todos os outros Povos africanos, dado descenderem de uma mistura de culturas em que encontramos a cultura africana, a portuguesa, a mediterrânica e a latina, de onde resultam as diferenças deste Povo.

Bandeira de Cabo Verde

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PARQUE NACIONAL PENEDA-GERÊS

O Parque Nacional de Peneda-Gerês é considerado como único em Portugal. Está situado no extremo nordeste do Minho e faz fronteira com a Galiza, abrange os distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real. Tem uma área de 70.292 hectares.
Uma atração turística por excelência, tem uma beleza indescritível e alto valor ecológico, com uma fauna constituída por cavalos selvagens, os famosos garranos, cervídeos, lobos e variadíssimas espécies de aves de rapina. Quanto à flora, esta também é muito variada, salientando-se os pinheiros, teixos, carvalhos, castanheiros e inúmeras espécies de plantas medicinais.
Este Parque vai da Serra do Gerês, a Sul, até à fronteira espanhola, depois de haver passado a Serra da Peneda, onde fica situado o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, que ali chama muitos peregrinos.
A natureza e o relevo, as variações de altitude, as influências atlânticas mediterrênica e continental traduzem-se na variedade e riqueza de um coberto vegetal único... mas todos os anos, quando chega o verão, temos a lamentar os trágicos incêndios que vão destruíndo um santuário natural que deveria ser mais cuidado e protegido pelo homem, seu princípal predador.
Uma das zonas de beleza indescritível é a Pedra Bela, de cujo miradouro se pode ficar estaziado com a luxuriante paisaigem.
As matas do Ramiscal, de Albergaria, do Cabril, todo o ale superior do rio Homem e a própria Serra do Gerês são um tipo de paisaigem que não tem nada comparável no País.
São terras onde já existiu o Urso pardo e a Cabra Montesa. Os Lobos ainda vagueiam naquele que é um dos seus territórios-abrigo. Há Águias Reais a sobressaír de uma enorme variedade de aves, enquanto na terra podemos vêr variadíssimos micro-mamíferos, como as Toupeiras-de-ágfua, répteis e anfíbios, e uma fauna aquática que inclui a Truta e o Salmão.
O passado traduz-se nos Castelos de Castro Laboreiro e do Lindoso, monumentos megalíticos que são testemunhas da ocupação romana.
Diz-se que a Ponte da Mizarela foi construída pelo demónio. Nesta ponte travou-se uma importante batalha contra os franceses, quando das invasões, em que o Povo saíu vitorioso.
Os lagos de Vilarinho das Furnas e da Caniçada, fruto das Barragens ali existentes, são uma paisaigem belíssima, sendo possível vêr-se a aldeia submersa no lago de Vilarinho.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês merece a vossa visita... que irá servir para a presevação do mesmo... ao mesmo tempo que irá proporcionar a utilização de umas termas bastante afamadas e procuradas por doentes vindos um pouco de todo o mundo. É especialmente recomendada para doenças de fígado, pulmões, obesidade, diabetes, colestrol, reumático e outras.
Santuário de Nossa Senhora da Peneda

Quem visita o Gerês, por certo que desejará voltar, pois toda a sua envolvente natural convida a uma visita mais demorada.

A gastronomia local é bastante apreciada.

domingo, 8 de agosto de 2010

OS CAMINHOS DE SAN'TIAGO...

Peregrinar é um acto de fé. Os Caminhos de Santiago são percursos percorridos pelos peregrinos que afluem a Santiago de Compostela desde o século IX. São chamados Peregrinos, que deriva do latim "Per Agros", todo "aquele que atravessa os campos". Tem como símbolo uma concha, que normalmente é de vieira, designada localmente como "venera", e é um costume ancestral quando os povos peregrinavam a Finisterra.
A Basílica de Santiago de Compostela é a meta final a atingir no final dos Caminhos de Santiago, cuja história tem doze séculos, quando foram encontrados os restos mortais do Apóstolo São Tiago no local onde hoje fica a cidade de Santiago de Compostela.
A rota dos Caminhos de Santiago une diversas zonas da Europa a Compostela, sendo seguida por milhões de pessoas das mais variadas partes da Europa, sendo o itinerário mais famoso o Caminho Francês, que atravessa o Nordeste de Espanha, mas também os Caminhos vindos de Portugal são bastante importantes, pois ligam o sul de Espanha ao norte atravessando a portuguesa cidade de Chaves
Os Caminhos existentes já têm as suas rotas delineadas desde a Idade Média.
* Caminho Francês; * Caminho Aragonês;* Caminho da Via da Prata;
* Caminho Primitivo;* Caminho do Norte;* Caminho Português, com várias alternativas;

* Caminho da Ria de Arousa; Caminho Inglês; * Caminho de Finisterra.
Só os Caminhos Inglês, Francês e Português chegam a Santiago de Compostela. Os outros vão-se juntando a estes. O Caminho Finisterra une Santiago ao Cabo Finisterra.
No território actualmente ocupado pela Catedral, existiu um povoado romano, que é identificado como sendo a mansão romana de Aseconia, existente entre a segunda metade do século I e o século V. O povoado desapareceu, mas permaneceu uma necrópole que esteve em uso, provavelmente até ao século VII.
O nascimento de Santiago, conforme é conhecido hoje, está ligado à presumível descoberta dos restos mortais do Apóstolo Santiago, entre 820 e 835, à elevação do nível religioso dos restos, à Universidade e, mais recentemente, à ascenção a capital da Galiza.
Segundo a tradição medieval, como aparece pela primeira vez na Concórdia de Antealtares (1077), o ermita Paio, alertado por luzes nocturnas que se produziam nos bosques de Libredão, avisou o Bispo de Iria Flávia, Teodomiro, que descobriu os restos de Santiago Maior e de dois dos seus discípulos no lugar onde posteriormente se levantaria Compostela, topónimo que poderia vir de Campus Stellae, ou seja "Campo de Estrelas", um eufemismo de cemitério; ou mesmo "[Ja]Com[e A]postol[u]".
A cidade foi destruída poor Al Mansur em 10 de Agosto de 997, que apenas respeitou a sepultura do Apóstolo.
O início da construção da Catedral Românica deu-se em 1075, o que aumentou o número de peregrinos.
Os Caminhos de Santiago são um denominador comum da cultura europeia, pelom que, numa Europa que mais que nunca pretende ser forte e coesa, estes itinerários são espaços públicos de convergência e harmonia, que devem ser respeitados e promovidos.
Neste Caminhos, qualquer Peregrino se sente um Cidadão do Mundo.


Eis o símbolo maior do Peregrino de Santiago!

terça-feira, 25 de maio de 2010

MARROCOS...

"No deserto viajei de camelo..."
A dois passos de Portugal fica um país misterioso, vibrante, históricamente rico, de povo afável, agreste... É a "Terra de todos os sons e cheiros", pelo que uma viagem a Marrocos se torna numa experiência verdadeiramente sensorial. E Marrocos não é só a celebrada Casablanca que conhecemos do filme do mesmo nome, ou Rabat e as suas maravilhas contadas nas mil e uma noites, porque conhecer Marrocos é um convite que se faz sem receio de que se possa arrepender de o fazer.
A Medina de Fez, a cidade imperial de Meknes, conhecer os souks de Maraquexe, a cidade-azul Chefchaouen, nas montanhas do Rif, o Alto Atlas, a garganta de Todra e o vale de Dra, a pitoresca cidade costeira de Asilah, Essaouira, as ruínas romanas de Volubilis, Merzouga e as dunas de Erg-Chebbi, ou o ksar de Ait-Benhaddou - motivos de sobra para viajar até Marrocos, tão perto e tão distinto.
“Voulez-vous des aphrodisiaques, monsieur?” - O convite murmurado não chega a acordar-nos da suave volúpia das cores e dos odores das especiarias. O vulto que inclina o rosto sobre a banca cheia de coloridas e delicadas pirâmides veste uma djellaba de um castanho terra que lembra os tons quentes das muralhas dos kasbahs arruinados do outro lado das montanhas do Atlas.
As últimas luzes do crepúsculo conseguem introduzir-se no coração dos souks e incendeiam as cores das especiarias, iluminam os desenhos geométricos dos tapetes que contam histórias antigas, dessas que ajudam a delimitar subtilmente o caminho das identidades.O mercado de Marraquexe, um dos mais impressionantes de todo o Magreb, é um imenso emaranhado de ruelas - oásis de sombra que quase nos absorvem na sua intimidade.

Os braços do labirinto estreitam-se mais e mais ao cair da noite, quando um extenso formigueiro de gente flui sem interrupção e aparentemente sem rumo. Aqui e ali, poucos parecem ser os vultos que se detêm junto às lojas, movem-nos outros destinos que não conheceremos nunca, ocultos num dobrar sucessivo de ruelas.
A Medina de Marraquexe não se conforma a descrições, o verbo atrevido perde aqui qualquer ilusão de pintar o bulício de colmeia que a agita. Azáfama comercial, gente à deriva, turistas, guias e simpáticos ratoneiros, artesãos absorvidos na sua arte, rostos que parecem acordados do imaginário das mil e uma noites, olhares em trânsito perscrutando exóticos forasteiros.
Como nos tempos ditos medievais, tanto o trabalho como os objectos a mercar se repartem por cantões especializados.
Não é exagero dizer-se que todos os sentidos são indispensáveis para fruir o caleidoscópio de cores, sons, sabores e aromas vindos da praça. A atmosfera desenha-se com uma infinidade de elementos plásticos. Os pequenos restaurantes ao ar livre exalam odores e fumaradas que vagueiam pela praça. Tambores e cornetas repetem lenga-lengas minimalistas ao mesmo tempo que as serpentes trazidas dos desertos dançam ao som das flautas berberes. Contadores de histórias, que podem continuar indefinidamente as suas narrativas (em árabe ou berbere) nos dias ou nas semanas seguintes, juntam à sua volta dezenas de ouvintes absolutamente alheados de tudo quanto à volta sucede. Videntes e astrólogos desenham no chão, com coloridos pigmentos, o porvir dos clientes. Médicos e curandeiros reputadíssimos descrevem meticulosamente as propriedades curativas de uma grande variedade de ervas e antídotos para mordeduras de escorpiões ou tarântulas. Nada do outro mundo, todavia.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cijordânia... guerra... paz...

Nablus - Cisjordânia
Nablus é uma importante cidade da Cisjordânia, que em 2006 contava com 134.100 habitantes, maioritáriamente Palestinianos, embora haja cerca de 300 Samaritanos. É um centro comercial e cultural palestino.
Situada a aproximadamente 63 quilômetros ao norte de Jerusalém, tem uma posição estratégica, entre o Monte Ebal e o Gerizim, lugares sagrados para diferentes religiões.
Nablus foi a primeira capital do Reino de Israel.
A Cisjordânia tem cerca de 2.535.927 habitantes, dos quais 2.171.927 são árabes palestinianos e 364.000 colonos Judeus, incluindo-se neste número os colonos de Jerisalém Oriental.
A população da Cisjordânia em 1947 era de cerca de 400 mil habitantes, mas em resultado da guerra Israelo-árabe de 1948/49, os árabes que habitavam o território onde hoje se situa Israel fugiu, calculando-se em cerca de 300 mil árabes os que se fixaram na Cisjordânia.

Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias e a ocupação militar da Cisjordânia por Israel , verificou-se um novo êxodo de cerca de 380 mil árabes, principalmente para a Jordânia.
A população árabe é de maioria Muçulmana Sunita , e a minoria é Cristã Ortodoxa Grega e Católica Romana. Cerca de 17% da população da Cisjordânia pratica o Judaísmo . Aproximadamente metade dos habitantes da Cisjordânia têm menos de 15 anos, e a esperança média de vida situa-se nos 73,27 anos.
Na Cisjordânia encontram-se locais que são sagrados tanto para o Judaísmo, como para o Islamismo ou o Cristianismo, principalmente após a fuga do Povo Judeu do Egipto, para se fixar em Canaã, conduzidos por Moisés e pelo seu sucessor Josué.
Em Hebron, uma das quatro cidades sagradas dos Judeus, pode-se encontar a Gruta de Macpela, onde se acredita terem sido sepultados os três patriarcas, Abraão, Isaque e Jacob, e as suas esposas, Sara, Rebeca e Léia. É um local venerado por judeus e muçulmanos e sobre o mesmo ergue-se a mesquita de Ibrahim (Abraão).
Em Belém ergue-se a Igreja da Natividade, construída no local onde Jesus nasceu, segundo a tradição.
Basílica da Natividade
Na estrada que liga Belém a Jerusalém encontra-se o túmulo de Raquel.
Em Jericó é digno de ser destacado o Monte da Tentação, porque nos transporta ao local onde, segundo a tradição, Satanás terá tentado Jesus Cristo, oferecendo-lhe os reinos do mundo.

A Cisjordânia ou Margem Ocidental é um território ocupado por Israel e que é reclamado pela Autoridade Palestiniana e pela Jordânia. Está situado na margem ocidental do Rio Jordão, sendo limitado a leste pela Jordânia, a norte, sul e oeste por Israel.
Até 1948 era parte integrante do resto da histórica Palestina, que foi dividida em três partes, a saber: uma parte foi integrada no Estado de Israel e as outras duas, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ambas de maioria árabe-palestiniana, destinavam-se a integrar um Estado Palestiniano que deveria ser criado de acordo com a Resolução 181 das Nações Unidas, de 1947, com a concordância da antiga potência colonial, a Grã Bretanha. No entanto, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cijordânia foram ocupadas militarmente por Israel, como consequência da Guerra dos Seis Dias. Desde então, até à presente data, já foram demolidas por Israel mais de 20 mil casas de cidadãos não-judeus.
Posteriormente algumas porções dispersas dessas duas áreas estão a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, apesar de Israel manter o controlo das fronteiras e estar a construir um muro de separação, com cerca de 700 quilómetros de extensão, que significa, na prática, a anexação de porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território. A construção deste muro foi iniciada em 2004 e já isolou mais de 160 mil famílias palestinianas.
Algumas cidades, como Jericó e Jenin, foram cercadas por um fosso para impedir a entrada ou saída da cidade, excepto pelos de pontos de passagem (checkpoints) que são controlados pelo Exército israelita. Há também mais de uma centena desses checkpoints disseminados nas estradas da Cisjordânia e inúmeros controles móveis. Israel considera os checkpoints indispensáveis para a protecção dos seus cidadãos, tanto em Israel quanto como na Cijordânia, mas eles são uma fonte adicional de conflitos e incidentes graves. Actualmente mais de 2/3 dos palestinianos dispõem de menos de 2 Dólares por dia para a sua sobrevivência.