terça-feira, 4 de maio de 2010

Cijordânia... guerra... paz...

Nablus - Cisjordânia
Nablus é uma importante cidade da Cisjordânia, que em 2006 contava com 134.100 habitantes, maioritáriamente Palestinianos, embora haja cerca de 300 Samaritanos. É um centro comercial e cultural palestino.
Situada a aproximadamente 63 quilômetros ao norte de Jerusalém, tem uma posição estratégica, entre o Monte Ebal e o Gerizim, lugares sagrados para diferentes religiões.
Nablus foi a primeira capital do Reino de Israel.
A Cisjordânia tem cerca de 2.535.927 habitantes, dos quais 2.171.927 são árabes palestinianos e 364.000 colonos Judeus, incluindo-se neste número os colonos de Jerisalém Oriental.
A população da Cisjordânia em 1947 era de cerca de 400 mil habitantes, mas em resultado da guerra Israelo-árabe de 1948/49, os árabes que habitavam o território onde hoje se situa Israel fugiu, calculando-se em cerca de 300 mil árabes os que se fixaram na Cisjordânia.

Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias e a ocupação militar da Cisjordânia por Israel , verificou-se um novo êxodo de cerca de 380 mil árabes, principalmente para a Jordânia.
A população árabe é de maioria Muçulmana Sunita , e a minoria é Cristã Ortodoxa Grega e Católica Romana. Cerca de 17% da população da Cisjordânia pratica o Judaísmo . Aproximadamente metade dos habitantes da Cisjordânia têm menos de 15 anos, e a esperança média de vida situa-se nos 73,27 anos.
Na Cisjordânia encontram-se locais que são sagrados tanto para o Judaísmo, como para o Islamismo ou o Cristianismo, principalmente após a fuga do Povo Judeu do Egipto, para se fixar em Canaã, conduzidos por Moisés e pelo seu sucessor Josué.
Em Hebron, uma das quatro cidades sagradas dos Judeus, pode-se encontar a Gruta de Macpela, onde se acredita terem sido sepultados os três patriarcas, Abraão, Isaque e Jacob, e as suas esposas, Sara, Rebeca e Léia. É um local venerado por judeus e muçulmanos e sobre o mesmo ergue-se a mesquita de Ibrahim (Abraão).
Em Belém ergue-se a Igreja da Natividade, construída no local onde Jesus nasceu, segundo a tradição.
Basílica da Natividade
Na estrada que liga Belém a Jerusalém encontra-se o túmulo de Raquel.
Em Jericó é digno de ser destacado o Monte da Tentação, porque nos transporta ao local onde, segundo a tradição, Satanás terá tentado Jesus Cristo, oferecendo-lhe os reinos do mundo.

A Cisjordânia ou Margem Ocidental é um território ocupado por Israel e que é reclamado pela Autoridade Palestiniana e pela Jordânia. Está situado na margem ocidental do Rio Jordão, sendo limitado a leste pela Jordânia, a norte, sul e oeste por Israel.
Até 1948 era parte integrante do resto da histórica Palestina, que foi dividida em três partes, a saber: uma parte foi integrada no Estado de Israel e as outras duas, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ambas de maioria árabe-palestiniana, destinavam-se a integrar um Estado Palestiniano que deveria ser criado de acordo com a Resolução 181 das Nações Unidas, de 1947, com a concordância da antiga potência colonial, a Grã Bretanha. No entanto, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cijordânia foram ocupadas militarmente por Israel, como consequência da Guerra dos Seis Dias. Desde então, até à presente data, já foram demolidas por Israel mais de 20 mil casas de cidadãos não-judeus.
Posteriormente algumas porções dispersas dessas duas áreas estão a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, apesar de Israel manter o controlo das fronteiras e estar a construir um muro de separação, com cerca de 700 quilómetros de extensão, que significa, na prática, a anexação de porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território. A construção deste muro foi iniciada em 2004 e já isolou mais de 160 mil famílias palestinianas.
Algumas cidades, como Jericó e Jenin, foram cercadas por um fosso para impedir a entrada ou saída da cidade, excepto pelos de pontos de passagem (checkpoints) que são controlados pelo Exército israelita. Há também mais de uma centena desses checkpoints disseminados nas estradas da Cisjordânia e inúmeros controles móveis. Israel considera os checkpoints indispensáveis para a protecção dos seus cidadãos, tanto em Israel quanto como na Cijordânia, mas eles são uma fonte adicional de conflitos e incidentes graves. Actualmente mais de 2/3 dos palestinianos dispõem de menos de 2 Dólares por dia para a sua sobrevivência.

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