segunda-feira, 20 de abril de 2009

OLIVENÇA - cidade ocupada

Cidade de Olivença

O município de Olivença tem 430 km² e está situado na margem esquerda do Rio Guadiana. Tem a forma aproximada de um triangulo, com dois dos vértices no Guadiana.
A cidade de Olivença fica a 23 km de Elvas e 24 km de Badajoz. Lisboa dista 236 km e Madrid 424 km. A ligação a Elvas e ao restante território português faz-se por uma ponte sobre o Guadiana, que foi construída em 2.000 mesmo ao lado das ruínas da Ponte da Ajuda.
No município de Olivença estão incluídas as vilas de S. Francisco e S. Rafael e quatro aldeias .
Nossa Senhora da Assunção da Talega ou Táliga, que é outra povoação do antigo território de Olivença, é um município separado desde 1850. Pelo contrário, a aldeia de Vila Real, hoje parte de Olivença, era uma freguesia do concelho de Juromenha, actualmente integrado no concelho do Alandroal.
Em sequência da Guerra das Laranjas, que foi o prelúdio da Guerra Peninsular, o tenebroso Manuel Godoy, à frente das tropas espanholas, veio ocupar Olivença e destituir o governador Júlio César Augusto Chermont, que não ofereceu resistência.
Poucos dias depois, a Espanha impõe a Portugal os tratados de Badajoz, de 06 de Junho, e de Madrid, de 29 de Setembro de 1801, segundo os quais "Su Majestad Católica [rei de Espanha] conservará en calidad de conquista, para unirla perpetuamente a sus dominios y vasallos, la plaza de Olivenza, su territorio y pueblos desde el Guadiana; de suerte que este río sea el límite de sus respectivos Reinos". No dia 14 de Agosto de 1805 veio a ser lavrada a última acta da Câmara de Olivença em língua portuguesa
O roubo a Portugal acabara de ser consumado!.

*Muralha do Castelo de Olivença*

Com a vitória das tropas nacionalistas na Guerra Civil de Espanha, aumentou a pressão para a aculturação e colonização de Olivença. No município oliventino foram criados, em 1956, dois "poblados de colonización" — San Francisco de Olivenza, assim chamado em honra do General Franco, e San Rafael de Olivenza, que deve o nome ao então ministro de Agricultura, Rafael Cavestany Anduaga — ambos núcleos populacionais de colonização, constituídos por habitantes oriundos de diversos pontos de Espanha.

Na segunda metade do século XX, dois importantes políticos portugueses foram fervorosos adeptos da recuperação de Olivença: o General Humberto Delgado e o Almirante Pinheiro de Azevedo, que chegaram a desempenhar funções de destaque noGrupo dos Amigos de Olivença, que foi fundado em 1944. Pinheiro de Azevedo foi autor do livro "Olivença está cativa pela Espanha: por culpa de quem?", em 1982, e chegou a propor uma "marcha verde" sobre a cidade. Outros movimentos irredentistas activos são a Sociedade Pró-Olivença (fundada em 1938 e o Comité Olivença Portuguesa, também fundado em 1938. Mais recentemente a "Questão de Olivença" tem vindo a ser referida no "The World Factbook", de CIA, onde se diz que: "Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença baseado numa interpretação diferente do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de 1801"

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A ÚLTIMA CEIA...

Jesus, na Última Ceia
Durante a Ceia em que Jesus quiz celebrar a Páscoa Judaica com os Seus Apóstolos, Ele instituiu o Sacramento da Eucaristia, quando partilhou o Pão e O Vinho, depois de os haver benzido e entregado aos que com Ele estavam à mesa. A partir daquele momento, o Pão e o Vinho transubstanciaram-se no Seu Corpo e Sangue, dado como alimento para a vida eterna.
Ao instituir a Eucaristia, pediu que se fizesse aquele gesto do partilhar do Pão e do Vinho em Sua Memória, porque Ele estaria connosco até à consumação dos séculos.
Momentos antes da Ceia, Jesus pegou num recipiente com água e uma toalha, baixou-se e lavou os pés a cada um dos presentes.
Pedro ainda protestou, mas Cristo disse-lhe: "Se não te lavar os pés não terás lugar comigo...", e Pedro respondeu, de imediato: "Senhor! Não me laves só os pés, mas também o corpo todo!"
Finda a Ceia, Jesus retirou-se para o Jardim das Oliveiras, para orar ao Pai, entrando então em profunda agonia pelo momento que estava para chegar. E alí que aqueles que O procuravam O foram encontrar, sendo então entregue por Judas, com o beijo da perfídia: "Judas... é assim, com um beijo, que entregas o Filho do Homem?".
Muitas vezes teremos sido protagonistas de gestos como o de Judas! Quantas vezes defraudámos um amigo... e isso será como um beijo traiçoeiro, igual àquele com que Cristo foi entregue aos Seus algozes !

A Quinta Feira Santa combina um amontoado de celebrações de vários acontecimentos bastante marcantes e importantes para o revigorar da fé dos cristãos, pois este é um dos tempos mais importantes da História da Salvação, iniciada em Belém de Judá, com o Nascimento de Jesus e acabará consumada com a Glória da Ressurreição, porque Cristo, vencendo a Morte, redimiu-nos pelo Seu sacrifício na Cruz lá no alto do Calvário.

domingo, 5 de abril de 2009

JERUSALÉM, Cidade Santa

Vista de Jerusalém a partir do Monte das Oliveiras
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Jerusalém (em hebraico moderno Yerushaláyimלם) é a capital de Israel ( não reconhecida internacionalmente) e a sua maior cidade, com a sua população de 732.100 residentes que ocupam uma área de 125.1 km², se a área disputada que é situada a leste estiver incluída. A moderna cidade de Jerusalém tem crescido nos arredores da cidade antiga.
É uma cidade cuja história nos transporta ao 4º milénio a.C., sendo considerada uma das mais antigas cidades do mundo. Jerusalém, que é a cidade santa dos Judeus, dos Católicos e dos Muçulmanos, sendo o seu centro espiritual desde o século X a.C., contém um significativo número de antigos lugares cristãos e é considerada a terceira cidade santa do Islão.
Apesar de ter apenas uma área de 0.9 quilômetros quadrados, a cidade antiga hospeda os principais lugares religiosos, estando entre eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das Lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha ou a Mesquita de Al-Aqsa.
A cidade, antigamente murada, que é um patrimônio mundial, é tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes hoje usados ( bairros Arménio, Cristão, Judeu e Muçulmano) tenham sido introduzidos por volta do século XIX.
A cidade velha foi indicada para ser incluída na lista do Património Mundial em Perigo, por iniciativa da Jordânia, em 1982. No decurso da história, foi Jerusalém destruída por duas vezes, sitiada por 23 vezes, atacada por 52 vezes, e capturada e recapturada por 44 vezes. O estatuto de Jerusalém continua a ser hoje um dos maiores problemas no conflito Israelo-Palestiniano.
A anexação de Israel do leste de Jerusalém ocupado, tem sido repetidamente condenada pelas Nações Unidas, e o povo palestiniano apenas consegue vêr o leste de Jerusalém como a capital do futuro Estado Palestino.
Por causa da Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, foi tornada oficial a retirada de todas as embaixadas estrangeiras sediadas em Jerusalém.
Alguns arqueólogos acreditam que Jerusalém, como cidade, foi fundada pelos povos semitas ocidentais, talvez cerca do ano 2.600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Shem (Sem, em português), que era filho de Noé e Éber, antepassados de Abraão.
Nos contos bíblicos afirma-se que Jerusalém foi uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando o rei David a conquistou e tornou capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.). Algumas escavações recentes feitas numa grande estrutura de pedra, têm sido interpretadas por alguns arqueólogos como um crédito para a narrativa bíblica
Em 1917, após a Batalha de Jerusalém, o exército inglês, comandado pelo General Allenby, conquistou a cidade. Em 1922, a Liga das Nações, na Conferência de Lausane, entrega a administração da Palestina ao Reino Unido.
Entre os anos de 1922 a 1948, a população total da cidade passou de 52.000 para 165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes (muçulmanos e cristãos).
À medida que o Mandato Britânico da Palestina foi terminando, o Plano de Partilha das Nações Unidas de 1947 recomendou "a criação de um regime internacional, em especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como uma "corpus separatum" no âmbito da administração das Nações Unidas.
O regime internacional deveria continuar a vigorar por um período de mais 10 anos, após o que deveria ser feito um referendo em que os moradores de Jerusalém votariam para decidir qual o futuro regime para a cidade. Mas este plano acabou por não ser implementado, porque eclodiu a guerra de 1948 , quando os militares britânicos se retiravam Palestina e Israel se aproveitou para declarar a independência .
A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e judaica na cidade. Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da Cidade Velha foram expulsos e algumas centenas foram feitos prisioneiros, quando a Legião Árabe capturou o bairro em 28 de maio.
Os moradores de vários bairros e aldeias árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir Yassin.