domingo, 5 de abril de 2009

JERUSALÉM, Cidade Santa

Vista de Jerusalém a partir do Monte das Oliveiras
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Jerusalém (em hebraico moderno Yerushaláyimלם) é a capital de Israel ( não reconhecida internacionalmente) e a sua maior cidade, com a sua população de 732.100 residentes que ocupam uma área de 125.1 km², se a área disputada que é situada a leste estiver incluída. A moderna cidade de Jerusalém tem crescido nos arredores da cidade antiga.
É uma cidade cuja história nos transporta ao 4º milénio a.C., sendo considerada uma das mais antigas cidades do mundo. Jerusalém, que é a cidade santa dos Judeus, dos Católicos e dos Muçulmanos, sendo o seu centro espiritual desde o século X a.C., contém um significativo número de antigos lugares cristãos e é considerada a terceira cidade santa do Islão.
Apesar de ter apenas uma área de 0.9 quilômetros quadrados, a cidade antiga hospeda os principais lugares religiosos, estando entre eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das Lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha ou a Mesquita de Al-Aqsa.
A cidade, antigamente murada, que é um patrimônio mundial, é tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes hoje usados ( bairros Arménio, Cristão, Judeu e Muçulmano) tenham sido introduzidos por volta do século XIX.
A cidade velha foi indicada para ser incluída na lista do Património Mundial em Perigo, por iniciativa da Jordânia, em 1982. No decurso da história, foi Jerusalém destruída por duas vezes, sitiada por 23 vezes, atacada por 52 vezes, e capturada e recapturada por 44 vezes. O estatuto de Jerusalém continua a ser hoje um dos maiores problemas no conflito Israelo-Palestiniano.
A anexação de Israel do leste de Jerusalém ocupado, tem sido repetidamente condenada pelas Nações Unidas, e o povo palestiniano apenas consegue vêr o leste de Jerusalém como a capital do futuro Estado Palestino.
Por causa da Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, foi tornada oficial a retirada de todas as embaixadas estrangeiras sediadas em Jerusalém.
Alguns arqueólogos acreditam que Jerusalém, como cidade, foi fundada pelos povos semitas ocidentais, talvez cerca do ano 2.600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Shem (Sem, em português), que era filho de Noé e Éber, antepassados de Abraão.
Nos contos bíblicos afirma-se que Jerusalém foi uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando o rei David a conquistou e tornou capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.). Algumas escavações recentes feitas numa grande estrutura de pedra, têm sido interpretadas por alguns arqueólogos como um crédito para a narrativa bíblica
Em 1917, após a Batalha de Jerusalém, o exército inglês, comandado pelo General Allenby, conquistou a cidade. Em 1922, a Liga das Nações, na Conferência de Lausane, entrega a administração da Palestina ao Reino Unido.
Entre os anos de 1922 a 1948, a população total da cidade passou de 52.000 para 165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes (muçulmanos e cristãos).
À medida que o Mandato Britânico da Palestina foi terminando, o Plano de Partilha das Nações Unidas de 1947 recomendou "a criação de um regime internacional, em especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como uma "corpus separatum" no âmbito da administração das Nações Unidas.
O regime internacional deveria continuar a vigorar por um período de mais 10 anos, após o que deveria ser feito um referendo em que os moradores de Jerusalém votariam para decidir qual o futuro regime para a cidade. Mas este plano acabou por não ser implementado, porque eclodiu a guerra de 1948 , quando os militares britânicos se retiravam Palestina e Israel se aproveitou para declarar a independência .
A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e judaica na cidade. Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da Cidade Velha foram expulsos e algumas centenas foram feitos prisioneiros, quando a Legião Árabe capturou o bairro em 28 de maio.
Os moradores de vários bairros e aldeias árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir Yassin.

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