quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MADRID ME ENCANTA...

Plaza Mayor - Madrid
Apesar de no local onde está actualmente situada a cidade ter havido ocupação humana desde a pré-história e de no tempo do Império romano ter pertencido à diocese de Complutum (actualmente Alcalá de Henares), as primeiras referências históricas relevantes aparecem apenas no Século IX.
Durante o reinado de Muhammad I, foi mandado construir um pequeno palácio na localidade; hoje em dia, no sitio onde antes se erguia esse edifício, ergue-se o Palácio Real de Madrid. Em torno desse palácio desenvolveu-se uma povoação de poucos habitantes chamada al-Mudaina. Perto do palácio, corria o rio Manzanares, ao qual os muçulmanos chamaram al-Majri (árabe : المجريط, ou seja "fonte de água").
O nome evoluiu para Majerit, e mais tarde transformou-se em Madrid.
A povoação foi conquistada em 1085 pelo rei Afonso VI de Castela, na investida militar que visava chegar à cidade de Toledo. A mesquita foi adaptada, e tornou-se em igreja dedicada a Nossa Senhora de Almudena (almudin, o celeiro).
Em 1329, as "Cortes Generales" instalaram-se na cidade aquando da estadia de Afonso XI de Castela. Sefarditas e mouros puderam permanecer na cidade, tendo sido expulsos mais tarde no Século XV.
Após um grande incêndio que destruiu parcialmente a cidade, o rei Henrique III de Castela (1379–1406) ordenou a reconstrução da mesma; o monarca instalou-se então num palácio no exterior da cidade, El Pardo.
O reino de Castela, cuja capital era Toledo, e o de Aragão, com a capital em Saragoça, uniram-se formando a Espanha devido aos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando II de Aragão).
Em 1561, o rei Filipe II (1527–1598) mudou a corte de Sevilha para Madrid, tornando-se esta cidade na capital de Espanha, mesmo não havendo qualquer cerimónia que assinalasse este facto. Sevilha continuava a controlar todo o comércio das colónias espanholas, mas Madrid controlava Sevilha .
Salvo um período, entre 1601-1606, em que o rei Filipe III resolveu transferir a capital para Valladolid, Madrid foi, até hoje, a capital de Espanha.
Durante o Século de Ouro, no fim do Século XVI e o princípio do XVII, Madrid foi uma capital diferente das grandes capitais europeias, tanto em termos de população, bastante pequena para a importância da cidade, como em termos económicos, pois a economia madrilena dependia principalmente das Cortes, não existindo outras actividades económicas relevantes.
No final do Século XIX, a rainha Isabel II não conseguiu suster a tensão política, o que veio a culminar na Primeira República Espanhola . Esta república durou apenas dois anos, voltando-se novamente à monarquia. Mas a situação política não era estável e, em 1931, iniciou-se a Segunda República Espanhola, seguindo-se a esta a Guerra Cicil Espanhola.
Madrid sofreu então bastante com a guerra; as ruas da cidade tornaram-se em autênticos campos de batalha, devido ao facto de ser um dos principais núcleos republicanos de Espanha. Durante esta guerra, Madrid foi alvo dos primeiros bombardeamentos aéreos contra civis da história da Humanidade. Mais tarde, já durante a ditadura do Generalíssimo Francisco Franco, principalmente durante os anos 60, o sul de Madrid tornou-se numa área bastante industrializada e assistiu-se a um êxodo rural em grande escala, que fez disparar a população da cidade.
Depois do falecimento de Franco, os novos partidos políticos (incluindo os militantes de esquerda e os republicanos) aceitaram o desejo de Franco de vir a ser sucedido pelo legítimo herdeiro ao trono de Espanha, Juan Carlos I, para que a estabilidade e a democracia tivessem continuidade. Desta forma culminou-se na actual situação política espanhola, uma monarquia constitucional, cuja capital é Madrid.
A prosperidade dos anos 80 fez com que a cidade consolidasse a sua posição no que diz respeito à economia, indústria, cultura, educação e tecnologia na Península Ibérica.

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