segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Zurique... uma cidade de estilo

Zurique e o rio do mesmo nome
Zurique - que em alemão se escreve Zürich, em francês Zurich, em italiano Zurigo e em latim Turicum - é a maior cidade da Confederação Helvética e localiza-se no nordeste do país, no centro da zona da Suiça germanófila.
Zurique à noite
É uma cidade com cerca de 364 558 habitantes, segundo od censos de 2002, e é parte de uma região metropolitana que conta com 1.091.732, correspondendo a um sétimo dos 7,2 milhões de habitantes desta Confederação, sendo ainda a capital do Cantão de Zurique. Está integrada na Suiça desde o ano de 1351.
Uma vista de Zurique
Acredita-se que a origem do nome advém das línguas celtas, talvez da palavra Turus, até pelo facto de os Celtas terem colonizado aquela área pelo menos desde o ano 500 a.C. O nome atribuído à cidade pelos Romanos era Turicum.
Lago Zurique e os Alpes ao longe
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Esta cidade de Zurique foi destruída pelos Alamanos no século V e foi convertida em cidade imperial no ano de 1218, entrando na Confederação Helvética em 1351 e obtendo grande importância, graças à aquisição de numerosos condados vizinhos e à grande prosperidade do seu artesanato têxtil.
Urico Zuínglio introduziu a reforma protestante em Zurique a partir de 1519, sendo a cidade e o cantão governados pela rica burguesia protestante até à reforma liberal acontecida em 1830.Zurique deve ser uma das cidades com melhor qualidade de vida no mundo, tem um centro financeiro bastante sadio, com vistas para um lago romântico, no país dos relógios, do chocolate, do queijo e da Heidi, sendo igualmente uma metrópole vibrante e surpreendentemente boémia, onde quase todas as semanas se vê inaugurada uma galeria de arte, a estreia de uma peça de teatro experimental, se dão festas até de madrugada e descobrem novos restaurantes.
Zurique, o Lago e os Alpes
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Pensa-se que o carácter ultracosmopolita de Zurique se deve não só ao seu bem-estar económico ou à bem conceituada universidade que atrai todos os anos milhares de jovens à cidade, mas esse carácter também também se deve às diferentes culturas que, desde há séculos, para aqui têm convergido.
Até à Segunda Guerra Mundial, graças aos habitantes que, devido às altas taxas de desemprego de então, partiam para outros países europeus em busca de fortuna, e depois disso porque os emigrantes do Sul da Europa e os asiáticos , tais como os japoneses, os chineses, os tailandeses ou os filipinos, vieram encontrar em Zurique as oportunidades que faltavam nos países de origem.
O mais interessante é ter sido esta amálgama de influências quem gerou esta cidade que transpira uma forma de viver multi-cultural, adaptada à organização, ao temperamento contido e ao refinado sentido estético suíços.
E é isso que a torna numa cidade única !
Zurique é uma cidade que merece ser visitada!
Há um bairro entre o canal/rio, delimitado pela Limmel Quai, que deságua no Lago Zurique e a Universidade na encosta da montanha, que, apesar de mais pequeno, apresenta algumas semelhanças com o nosso Bairro Alto. Aqui aconselha-se uma visita e beber um copo no Cabaret Voltaire, local onde foi fundado o movimento DADA. A partir de determinada altura fechou tendo reaberto à alguns anos como bar e de certa forma como centro cultural.
Neste bairro existe, para os apreciadores de Heavy Metal e Punk Rock, o Kontiki, um bar com três salas, onde em cada uma delas se podem ouvir os estilos de musica referidos.
Junto à universidade está o Museu de Belas Artes, que tem uma boa colecção de arte do Séc. XX. Mesmo frente ao museu, no cruzamento com a Hottinger Strass, encontramos um café com uma clientela seleccionada. Junto ao rio aconselha-se uma visita à igreja, que tem vitrais de Chagall.
Atrás da estação de comboio encontramos o Landsmuseum/ Museu da Terra Suiça. Este museu permite conhecer a história da formação e evolução da Confederação Helvética. Aconselha-se uma visita aos pequenos hóteis, onde é frequente haver um piano bar. Junto ao rio, na rua que delimita o bairro, também poderemos encontrar uma série de bons cafés. Este bairro é delimitado pelas traseiras da estação de comboio e pela margem do Lago Zurique e estende-se pela encosta da montanha.

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