quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

PARAÍSO DAS TÚLIPAS

A presença antiga do homem nesta região é atestada quer pelos seus inúmeros monumentos megalíticos (dolmens) ou túmulos vindos da Idade do Bronze existentes, quer pelos riquíssimos campos de urnas funerárias, datadas da Idade do Ferro.
Na época da ocupação pelas Legiões Romanas , que se manteve até ao Século IV, a região dos Países Baixos era povoada por tribos célticas e germânicas.
Os Saxões estabeleceram-se a leste dos futuros Países Baixos e os Francos ocuparam os territórios meridionais.
A cristianização só se torna completa no final do Século VIII, com a submissão destes povos a Carlos Magno. A administração carolíngia veio permitir o desenvolvimento da atividade económica, enquanto nascia uma indústria têxtil.
No reinado de Carlos V, Sacro Imperador Romano e Rei da Espanha , a região era uma parte das Dezassete Províncias dos Países Baixos, abrangendo a maior parte do território que hoje é a Bélgica. À proclamação da independência ( União de Utrecht - 1579) - abjuração da soberania espanhola, 1581, no reinado de Filipa II -, seguiu-se a Guerra da Independência. A assinatura, no reinado de Filipe IV, do Tratado de Münster, pôs fim à Guerra dos Oitenta Anos. O império espanhol reconheceu a República Holandesa dos Países Baixos Unidos, governados pela casa de Orange-Nassau e os Estados Generais, que anteriormente foram uma província do império espanhol. Os Países Baixos tornaram-se, assim, na primeira nação européia a assumir uma forma de governo republicana.
Ainda que o novo Estado exercesse autonomia apenas sobre as províncias do norte, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos desenvolveu-se e tornou-se uma das mais importantes potências navais e econômicas do Século XVII. Neste período, conhecido como o Século de Ouro, os Países Baixos estenderam as suas redes comerciais por todo o planeta, estabelecendo colónias em lugares tão distantes quanto Java ou o nordeste brasileiro (Brasil neerlandês).
Eclipsada pela ascensão britânica durante o Século XVIII, a região foi mais tarde incorporada ao império francês sob poder de Napoleão Bonaparte. Após o Congresso de Viena, em 1815, foi criado o Reino Unido dos Paises Baixos, incluindo os actuais Bélgica e Luxemburgo. A Bélgica conseguiu a sua independência em 1830; o Luxemburgo, que seguia regras sucessórias distintas, seguiu o seu próprio caminho após a morte do rei Guilherme III. Já no Século XIX, os Países Baixos industrializaram-se, ainda que mais lentamente do que os países vizinhos.
Permaneceu neutro e teve sua neutralidade respeitada na Primeira Guerra Mundial, mas durante a Segunda Guerra Mundial o país foi ocupado pela Alemanha Nazi, decorria o mês de Maio de 1940, vindo a ser libertado sómente em 1945.
No pós-guerra, a economia reergueu-se, e o país ingressou em organizações internacionais como o Benelux, a Comunidade Económica Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Sediando, em Maastricht, a assinatura do Tratado da União Europeia, o país tornou-se um de seus membros fundadores, tendo aderido ao Euro (€) em 1999, com a moeda em circulação a partir de 2002.

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