Tomar (antiga grafia: Thomar) é uma cidade portuguesa com cerca de 15 764 habitantes, pertencente ao Distrito de Santarém, na região Centro e sub-região do Médio Tejo. Pertencia ainda à antiga Província do Ribatejo, hoje porém sem qualquer significado político-administrativo. A histórica cidade de Tomar possui diversos monumentos como por exemplo Castelo de Tomar e Convento de Cristo, declarado pela UNESCO Património Mundial. Há outras cidades relativamente perto de Tomar: Abrantes, Torres Novas, Entroncamento, Ourém, Fátima (todas geograficamente localizadas no Médio Tejo).
Baixa de Tomar - Rio Nabão |
A cidade é sede de um município com 351,2 km² de área e 40 674 habitantes (2011), subdividido em 16 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Ferreira do Zêzere, a leste por Abrantes, a sul por Vila Nova da Barquinha, a oeste por Torres Novas e a noroeste por Ourém .
A cidade é atravessada pelo Rio Nabão, que é afluente do Rio Zêzere, estando incluída na bacia hidrográfica do Tejo, o maior rio da Península Ibérica.
Situa-se na parte norte da região mais fértil de Portugal e uma das mais férteis da Península Ibérica, a Lezíria ribatejana.
Cortejo dos Tabuleiros na Corredoura |
A Festa dos Tabuleiros é a celebração mais importante da cidade de Tomar e é também conhecida como a Festa do Espírito Santo, realizando-se de 4 em 4 anos, nos meses de Junho ou Julho.
Roda do Mouchão
Estes festejos, que fizeram a fama de Tomar, remontam às festas do imperador, instituídas por D. Dinis e pela Rainha Santa Isabel, no quadro do culto do Espírito Santo. Têm também a ver com práticas ancestrais de entrega das primícias das colheitas a Deusa Ceres e de celebração da fertilidade da terra. E há ainda uma componente mais recente, também presente nas Festas dos Açores, com o seu quê de inspiração franciscana, de celebração igualitária da fraternidade e da partilha dos frutos da terra: o bodo e a ceia comum. Segundo alguns autores a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres.
Tomar era sede Templária, e a ordem do Templo foi sempre acusada pela Inquisição de desvios doutrinários, senão de heresia, até que foi extinta pelo Papa Clemente V em 1307.
Os símbolos do Espírito Santo estão bem presentes no alto tabuleiro que as raparigas transportam no cortejo: no topo a pomba e a coroa e de alto a baixo os pães enfiados em cana (aos quais se atribuíam virtudes milagrosas), flores de papel (tradicionalmente, papoilas) e, ainda, espigas.
No século passado encontram-se referências às festas do Espírito Santo, e até 1895 fazia-se o cortejo anual à Sexta-feira, por alturas do dia 20 de Junho. Depois de 1914, passou a fazer-se ao Domingo.
A antiga tradição do sacrifício dos bois, cuja carne seria depois distribuída por todos (como acontecia no penedo, após a tourada à corda), manteve-se até 1895. A partir de 1966, os bois do Espírito Santo voltaram ao cortejo, mas agora só com funções simbólicas.
A última Festa dos Tabuleiros realizou-se em 2011.
Brasão da Cidade
Círio de Nª Senhora da Piedade
O Círio de Nª Senhora da Piedade é uma festa que tem lugar nas ruas de Tomar no 1º domingo de Setembro. Um cortejo de oferendas realizado em carros típicos enfeitados com flores de papel percorre a cidade.
Feira de Santa Iria
É feito em honra da padroeira de Tomar (Santa Iria), e decorre normalmente entre a sexta-feira anterior ao dia 20 de Outubro, até ao domingo a seguir a esta mesma data, que é o ponto alto das comemorações, quando se efectua a procissão. A feira realiza-se na praça da República e nos arredores (perto da estação de caminhos-de-ferro e central de camionagem). Tem divertimentos, vendedores, exposição de automóveis, motos e tractores agrícolas, e conta ainda com a presença de tasquinhas onde se dá a conhecer alguns dos sabores da região.
Mata nacional dos sete montes
O convento de Cristo |
Recinto conventual, que foi pertença, inicialmente da ordem do Cristo , é um dos principais monumentos da arquitectura nacional, onde todas as etapas estéticas, desde o século XII ao XVIII, se encontram ampla e profundamente documentadas. Em 1984 foi considerado património mundial pela UNESCO. Constituído por sete claustros e outros edifícios, contém no seu interior notáveis obras de arquitectura. Provavelmente o Claustro de D João III, o Claustro principal do Convento de Cristo, é a mais monumental e bela obra do Renascimento, . Os restantes são o Claustro das Lavagens e o Claustro de D. Henrique, que remontam à primeira metade do século XV. O Claustro de St.ª Bárbara é quase esmagado pela monumentalidade da Janela de Capítulo que se debruça sobre o mesmo. Por todos estes motivos e pelo fabuloso passeio que proporciona uma visita a este enorme Convento, desfrutando de maravilhosas vistas sobre a cidade, é imprescindível passar demoradamente por este monumento e conhecer a sua história e os seus mistérios.
A janela da casa do Capítulo é um dos pontos culminantes da arte Manuelina em Portugal. Foi aqui que se reuniram as cortes gerai
O Museu dos Fósforos representa a maior colecção filuminística da Europa, colecção essa iniciada em 1953 pelas mãos de Aquiles de Mota Lima , reconhecido cidadão Tomarense, que se destacou em actividades culturais de grande mérito.s convocadas por Filipe I de Portugal . Obra de Arruda que foi iniciada em 1510 . Esta dependência constituía, na época, a sacristia da igreja.
Fatia de Tomar
A doçaria tomarense representada a nível das lojas, explora variantes dos doces de ovos e amêndoa com mais ou menos açúcar. Passe por uma das pastelarias mais conceituadas de Tomar e não deixe de experimentar estes doces de sonho! Não se pode deixar de fazer uma referência especial ao doce mais conhecido de Tomar: as Fatias de Tomar. MUITO BOM O PINGADO.
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