sábado, 8 de fevereiro de 2014

QUEM PASSA POR ALCOBAÇA...

 
 Alcobaça  é uma cidade  da sub-região do Oeste, na região Centro, com cerca de 17 770 habitantes.
 É o segundo concelho mais populoso da Comunidade Intermunicipal do Oeste e do distrito de Leiria e a cidade é composta pela freguesias de Alcobaça e parte das freguesias de Évora de Alcobaça, Prazeres (Aljubarrota), Maiorga e Vestiaria.
Está localizada a 92 km a norte de Lisboa  (124 km via A-8, ou 110 km via IC2/A1), e 88 km a sudoeste de Coimbra (114 km via A8 / A17/IC8  / A1, ou 105 km via IC2 / A1).
É cidade sede de um município  com 408,14 km² de área e 56 693 habitantes (2011), subdividido em 13 freguesias, sendo limitado a norte pelo município da Marinha Grande, a leste por Leiria, Porto de Mós e Rio Maior, a sudoeste pelas Caldas da Rainha e a oeste envolve por completo a Nazaré  e tem dois troços de costa no Oceano Atlântico.
É banhada pelos rios Alcoa e Baça, nomes de cuja aglutinação a tradição faz derivar o seu nome – o que está longe de ser consensual.
Foi elevada a cidade em 1995.
O castelo de Alcobaça remontará ao período visigótico e terá sido conquistado pelos Mouros  no século VIII e, posteriormente, por D. Afonso Henriques, decorria o ano de 1148.
Após o abandono da função como castelo, passou a ser utilizado como prisão, entrando em estado de degradação devido a terramotos sucessivos . No século XIX, foram vendidas pelo Município a quase totalidade das pedras da sua muralha,  para a construção de casas particulares. Encontra-se hoje em completa ruína.
                                                        Fonte no Mosteiro de Alcobaça.

Alcobaça é conhecida pelo seu mosteiro cisterciense, em torno do qual se desenvolveu a povoação, a partir do século XV. O mosteiro, em estilo gótico, foi fundado por D. Afonso Henriques em 1148, sendo concluído em 1222. Durante a Idade Média, chegou mesmo a rivalizar com outras grandes abadias cistercienses da Europa; os coutos de Alcobaça constituíram um dos maiores domínios privados dentro do reino de Portugal, abarcando um dos concelhos vizinhos de Alcobaça, a Nazaré, e parte do de Caldas da Rainha, para além de possuir inúmeras terras adquiridas por escambo, emprazamento, aforamento ou arrendamento um pouco por todo o país.
Alcobaça à noite
O mosteiro foi parcialmente incendiado pelos invasores franceses, chefiados por Massena, em 1810, secularizado em 1834, e depois gradualmente restaurado. 
Parte da sua enorme biblioteca, com mais de cem mil tomos e manuscritos, foi salva do saque e incêndio dos franceses e do saque dos portugueses durante as guerras liberais, achando-se hoje preservada em parte na Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa.

Nos braços sul e norte do transepto da igreja do mosteiro, acham-se duas obras-primas da escultura gótica em Portugal: os túmulos dos eternos apaixonados, o rei D. Pedro (1357-1367) e de Dona Inês de Castro. 


túmulos de D. Pedro e de Dona Inês de Castro
 

Como actividades económicas do concelho, destacam-se:
A fruticultura, com destaque para a Mação de Alcobaça e a Pera-rocha do Oeste; a suinicultura; a cerâmica de barro vermelho, faiança e cristalaria; a indústria de moldes para plásticos; o fabrico de cimento e,  para além da olaria, cerâmica, vergas, juncos, lenços, toalhas, tapeçarias e cutelarias tem de se considerar o Turismo.
O prato típico da região de Alcobaça é o frango na púcara, que é  um frango guisado aos pedaços com bastante molho de receita secreta, mas que inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas.
No campo da doçaria há a destacar as trouxas de ovos, as delícias de Frei João e o Pudim de ovos do mosteiro de Alcobaça. Também o afamado pão-de-ló  de Alfeizerão , que já em 1906 era  referenciado por M. Vieira Natividade no seu opúsculo Alcobaça d´Outros Tempos.
Todos os anos decorre uma Mostra de Doçaria Conventual e Tradicional, que para além de Alcobaça conta com representações do país e do estrangeiro, nomeadamente de Braga, Arouca, Louriçal, Alentejo, Espanha e França. 
O licor de ginja  de Alcobaça é  muito apreciado pelos visitantes da cidade, tendo vindo a ser produzido desde 1930.
Parte da zona oriental do concelho de Alcobaça está inscrita no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros ) freguesias de São Vicente, Turquel, Prazeres e Évora.  
A 3 km da cidade, na freguesia da Vestiaria, situam-se as Termas da Piedade.
O concelho conta ainda com uma zona litoral nas freguesias de Pataias, a norte, e São Martinho do Porto, a sul. Todo o litoral é constituído por arribas, a maioria delas com uma pequena praia na base. A excepção é a concha de São Martinho do Porto, uma baía natural ladeada por dois promontórios de rocha. A concha foi em tempos muito mais vasta: até ao século XIV o mar chegava à vila de Alfeizerão, hoje a 4 km de distância.
No litoral norte encontram-se sete praias: Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Polvoeira , Paredes da Vitória, Vale Furado, Légua e Falca. No litoral sul, encontram-se as praias da Gralha e de São Martinho do Porto.  O melhor miradouro da cidade e dos seus campos adjacentes encontra-se no morro do castelo, em ruínas. Nos seus arredores oferecem belas panorâmicas o adro da Capelinha de Santa Rita, na serra do Monte em Coz; o lugar de Montes; a capela de Santo António, em São Martinho do Porto; e a Portela do Pereiro, no cimo da serra dos Candeeiros

 
 

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